terça-feira, 21 de junho de 2011

Marestesia


foto da abertura feita com câmera Lomo Diana F


No dia 18 de junho, abriu a nossa mostra Marestesia, na galeria da Fundação Ecarta. Os trabalhos apresentados na exposição, compostos por vídeos e livros, partem do registro de situações corriqueiras que, a partir desta distinção, assumem o papel de um inventário dos nossos deslocamentos pelo litoral.
Marestesia faz parte de um projeto maior chamado Google Water, que consiste em deslocamentos que fazemos até cidades que tem a água, de alguma forma, no nome. Mapeamos estes locais e então partimos com a finalidade de realizarmos uma ação temporária ou algum tipo de registro que vá gerar um desdobramento do trabalho. Nesta mostra, estão os resultados das visitas feitas à praia da Barra da Lagoa, em SC

Sobre os trabalhos:
O remêmoro – a câmera parada, uma lembrança momentânea e sem cortes de uma manhã de janeiro.

Grandes Eventos - Dirnei Prates
foto: Igor Sperotto
Grandes eventos – uma bandeira vermelha, um navio ancorado, um mirante. As balizas diárias que se erguem contra a horizontalidade desta tarde, são iscas que prendem meu olhar. Penso num filme de Jarman.*

Grandes acontecimentos – o mar e seu movimento imprecisamente constante. O mar nunca é igual. Folhear o livro é tentar traduzir a situação de inconstância das marés.

Mar passando – o mar passou por aqui a menos de 10 minutos.

Águas de maio – à noite, sob a chuva, é preciso bem mais do que um simples olhar. Percebo o vai e vem dos transeuntes e a poça d'água. Todos os sentidos e experiências anteriores estão convidados para este momento.


Azul profundo – no fim da tarde do fim do verão, o mar, de tão intenso, absorveu os incautos surfistas. O que antes era certeza, agora é uma melancolia azul-profundo que aos poucos me envolve.
*Journey to Avebury, 1971

Azul Profundo - Nelton Pellenz




















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